RADIAÇÃO CONSTANTE EM CONHECIMENTO

A MODA DO JALECO

 

 A MODA DO JALECO

Eles são alvos, cândidos e símbolo de status. Diversos profissionais da saúde desfilam a indumentária pelos arredores de suas instituições, e estudantes da área da saúde caminham para a mesma prática. Profissionais e estudantes são alheios ao fato de que o jaleco é na verdade tão somente um EPI (equipamento de proteção individual), frequentando restaurantes, praças de alimentação e diversos outros locais fora do ambiente de trabalho. Esta prática é comparável a um engenheiro transitar portando seu capacete amarelo de segurança.

No entanto, o que o branco dos jalecos não consegue mostrar são as bactérias e vírus transmissores de doenças e, principalmente, de infecções hospitalares que se alojam no tecido da vestimenta.

Pesquisa recente da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) revela que alguns tipos de bactérias conservam-se por dias e até dois meses na peça e que pelo menos 90% delas resistem no tecido durante 12 horas. O risco é que o avental possa ser usado como “meio de transporte” pelas bactérias. As regiões com maior perigo de contaminação são os bolsos e as mangas,  o risco pode ser pequeno, mas possível. Tanto para pacientes quanto para pessoas que estão fora do hospital e entram em contato com o jaleco.

 

SUPERINTERESSANTE do mês de Abril/09.

 Segundo Marco Antônio Lemos Miguel,  professor do Instituto de Microbiologia da UFRJ, o jaleco não é uma vestimenta e, sim, um equipamento de proteção individual (EPI). A pesquisa mostra que o avental pode conduzir, inclusive, a Acinetobacter, bactéria que há dois meses foi alvo de investigação no CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André, por ter aparecido nos exames de sete crianças. O microorganismo pode levar à infecção generalizada.

Para o médico sanitarista e coordenador do Núcleo de Epidemiologia Infecção Hospitalar de Santo André, Fernando Galvanese, a polêmica sobre os jalecos está envolvida em preconceito e desconhecimento sobre o real perigo das bactérias. Ele afirma não haver danos à saúde reconhecidamente causados pelo trânsito dos jalecos de dentro para fora das unidades de saúde.

De acordo com ele, a finalidade do aparato branco é impedir a entrada de bactérias de fora para dentro do hospital. “A roupa serve para proteger o paciente”, diz Galvanese, ao contrário do que sugere o estudo do professor da UFRJ Marco Antônio Leme Miguel.

A palavra chave é “consciência”, ou será que é bom senso?

Dica para lavar o jaleco:

Misturar um litro de água com 60 mililitros de formol (formaldeido). Cinco minutos nessa solução e todas as bactérias estão mortas. O procedimento pode ser feito para prevenir que demais roupas sejam “contaminadas” pelo jaleco.

Para saber mais:

Zachary KC, Bayne OS, Morrison VJ, Ford DS, Silver LC, and Hooper DC. Contamination of gowns, gloves, and stethoscopes with Vancomicina-Resistant Enterococci. Infect Control Hosp Epidemiol 2001; 22: 560-564.

Xavier MS, Ueno M. Contaminação bacteriana de estetoscópios das unidades de pediatria em um hospital universitário. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2009; 42(2):217-218

 

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